Elemento de destaque em muitos projetos arquitetônicos, a piscina desempenha múltiplas funções na casa, e quando bem planejada pode se transformar na principal fonte de lazer da família. Por isso, antes de iniciar a construção, é preciso tomar uma série de cuidados, desde a escolha dos materiais mais adequados até a decisão sobre o tamanho do tanque. “A piscina deve ser projetada da mesma forma que uma casa, levando em conta as condições do terreno, tipo de utilização, número de pessoas e necessidades do cliente”, afirma Toni Mantchev, proprietário da Toni Piscinas.

 

Para que o conjunto conviva em completa harmonia é importante que a piscina seja encarada como parte de todo o projeto, e não como uma área isolada da casa. Mesmo nos casos em que é incorporada a uma residência já construída, o profissional responsável por sua instalação deve levar em conta todas as características do local, integrando-a à arquitetura já existente.

 

 

Escolha certa

 

Atualmente, o mercado oferece diversas opções de materiais, produtos e equipamentos, e a escolha certa destes itens é o que vai garantir a qualidade e funcionalidade de cada piscina. A definição entre fibra de vidro, vinil ou alvenaria estrutural deve ser feita de acordo com as necessidades do projeto e a disponibilidade financeira, já que os preços podem variar muito.

Outro fator importante é o correto dimensionamento dos equipamentos e dispositivos. “Desde o início do projeto tudo deve ser pensado para dar eficiência à filtragem da água. É isso que vai garantir a facilidade de manutenção e, conseqüentemente, uma piscina sempre bonita e saudável”, lembra Toni.

 

Também é possível agregar à piscina uma série de opcionais tecnológicos, como sistemas de iluminação com fibra ótima, aparelhos de desinfecção que substituem o cloro, sistemas de automatização e de aquecimento, permitindo sua utilização durante o ano inteiro.

 

Vale lembrar que, para não transformar o sonho da piscina e um pesadelo, é importante contar com a ajuda de profissionais especializados e mão-de-obra treinada para a execução dos serviços.

 

 

 

 

 

 

Práticas Sustentáveis

 

Embora o conceito de sustentabilidade integral seja algo distante na maior parte das obras realizadas em nosso país, é possível adotar medidas que podem representar uma considerável diminuição no impacto que as construções exercem sobre o homem e o meio-ambiente.

 

Esses cuidados devem começar na escolha do terreno, respeitando sempre todas as exigências e legislações locais, desde a compra até a aprovação e execução da obra. O projeto arquitetônico deve ser desenvolvido respeitando todas as características e elementos do solo, além de ser executado de forma a causar o menor impacto possível à área e seu entorno.

 

Outro fator importante é a escolha dos materiais “Madeiras, tijolos, telhas, janelas, portas, vidros, materiais de revestimento, equipamentos, acessórios e, com cuidado, até os pregos podem ser reutilizados de uma outra construção que está sendo demolida”, afirma o arquiteto Davison Becato. “Reutiliar dá trabalho, custa tempo e dinheiro, mas vale a pena!”, completa.

Além do material de demolição, o mercado oferece outras opções ecologicamente corretas, em produtos como madeira de origem certificada e corte autorizado, equipamentos de baixo consumo de água, como os vasos sanitários “inteligentes”, sistemas de iluminação de alta performance, lâmpadas de baixo consumo, e uma série de outros materiais produzidos ou extraídos através de técnicas que minimizam os impactos sobre a natureza. E vale lembrar que antes de qualquer compra é fundamental fazer um cálculo minucioso de tudo o que será utilizado, para evitar o desperdício de dinheiro e o acumulo desnecessário de resíduos.

 

Davison lembra ainda que uma obra sustentável deve levar em conta uma infinidade de fatores, desde as ações relativas à preservação ambiental até a sustentabilidade nas questões humanas. “Não se constrói um ambiente sustentável com gente explorada”, afirma ele. Por isso, é importante que ao contratar a obra o proprietário considere todas as questões trabalhistas, mantendo empregados justamente remunerados, com direitos sociais e previdenciários atendidos, turnos de trabalho adequados às funções exercidas e acesso a materiais e equipamentos de segurança obrigatórios.

 

Como a ilha não dispõem de rede de esgoto, é essencial que o projeto preveja ainda a instalação de unidades de tratamento, com a reutilização da água no sistema de irrigação do jardim e em outros meios de utilização não potável. Sistemas de geração de energia solar e soluções que permitam a ventilação natural também devem ser considerados.

 

Segundo o arquiteto Reinaldo da Silva Jr., membro do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, o plano diretor de Ilhabela já prevê ações de sustentabilidade na construção civil, que ainda precisam ser normatizadas.  “É importante lembrar que a preservação local é importante, mas não basta! Precisamos ter consciência de que todo o material que utilizamos, como madeira, tijolos e outros, estão causando impacto em outras regiões do país”, afirma.