por Camilla de Paula Oliveira*
Brincar é fundamental para o bom desenvolvimento da criança. Essa máxima vem sendo esquecida por muitos pais que não conseguem conciliar a rotina de trabalho e a vida pessoal. Resultado: os pequenos passam pouco tempo na companhia dos pais e muito tempo à frente da televisão.
A grande pergunta é: qual a importância dada ao ato de brincar na escola e em casa pelos pais?
Muitas crianças que nasceram depois da década de 80 nunca participaram de brincadeiras simples e sadias como rolar no chão ou na grama, fazer cambalhotas em cima da cama dos pais, correr nas ruas, ficar com os joelhos ralados de tanto cair, escalar muros ou subir em árvores, empinar pipas, jogar bolinha de gude, brincar com as roupas e sapatos da mãe, etc.
Quanto mais as crianças têm oportunidades de aproveitar o dia-a-dia brincando, melhor será a sua condição física, coordenação motora, auto-conhecimento, sociabilização, entre outros itens que são importantes para ter um bom rendimento escolar. Mais: desta forma as chances de desenvolver alguma dificuldade de aprendizado serão menores. Por isso, a escola e a família podem e devem incentivar à prática de atividades lúdicas.
Sem isso, algumas podem desenvolver a hiperatividade ou se tornarem hipotônicas, mais conhecida como preguiçosas. Na medida em que os estímulos corretos acontecem ministrados por professores, educadores físicos, fisioterapeutas ou terapeutas especializados no atendimento, as crianças minimizam os sintomas.
Para pessoas que estão diretamente em contato com crianças vale ressaltar que brincar faz parte do desenvolvimento do ser humano. Desta maneira os “futuros adultos” estarão preparados para enfrentar o mundo. É na brincadeira que elas descobrem que o corpo faz determinados movimentos e que estas ações causam conseqüências.
Essas experiências proporcionam uma ajuda magnífica para o inicio do período escolar. Os resultados são acompanhados na alfabetização e aprendizagem da escrita. A criança segura melhor o lápis, aperfeiçoa a grafia, rola a mão sobre o papel e quando chega ao final da folha, não tem problema algum para parar de escrever naquela linha e continuar a escrever na linha abaixo.
Para as crianças, o ato de brincar com as pessoas mais importantes de suas vidas estreitam laços afetivos. São minutos ou instantes de prazer e alegria que vão durar pela eternidade, proporcionando também aos progenitores momentos de felicidade. Pais presentes têm mais chance de envelhecer tranqüilamente com a certeza de que os filhos irão acompanhar passo a passo da sua velhice, da mesma maneira que fizeram na infância deles.
*Camilla de Paula Oliveira é professora de educação física da Fórmula Academia.