Na década de 1960, cientistas em diferentes países do mundo, disseram que o alimento do futuro viria do mar, contudo, nunca se falou como e qual seria este alimento.
Em um sonho realizado, caminhei mar adentro, aproximadamente 2 quilômetros entre a praia e o parracho, e é claro, sobre o leito do mar em baixa maré, em uma linda praia do Nordeste Brasileiro. “Que espetáculo!… algas marinhas; pareciam cabecinhas de seres misteriosos em movimento dançando ao compasso das ondas do mar”.
No Mundo da biologia marinha, as algas são a base da cadeia alimentar, vida elementar, primitiva, aquém das plantas, pois não possuem raízes, entretanto, com inteligência suficiente para se aderir as rochas, ou a grandes e pequenos calcários, ou a qualquer outro elemento de fixação, que fazem parte do ir e vir das marés.
As algas marinhas são uma unidade de vida, que igual as nossas células se alimentam, exercem suas funções vitais, se reproduzem e não MORREM! Entenda-se bem, as algas marinhas podem permanecer por séculos, aderidas ao mesmo segmento basal.
Especulando além do fascínio das algas e do mistério de nossos oceanos, ainda não desvendados pelo ser humano, as algas parecem ser o início da vida física superior, que em um processo mágico de transformação de uma pequena larva, que se enchendo de ar, aumenta em centenas de vezes o seu tamanho, perde assim sua forma primitiva, parecendo agora uma lesma em formato de bumerangue (tudo isto ocorre em baixa profundidade, embaixo da areia do leito do mar, ao ritmo das marés). Da desintegração desta lesma, se desprende fibra elastina, (dos átomos de Silício e Vitamina C). Podemos dizer que as algas marinhas, provêm desta substância misteriosa, fazendo parte do início da criação da vida, dando vida as novas vidas e talvez às nossas próprias vidas.
Assim descrevo: fascínio! Na verdade, é pura emoção ao imaginar que fazemos parte, junto com as algas marinhas, dos processos de criação, sentindo a vida se manifestar além “das nossas vãs filosofias”.
Na vida prática humana, o que podemos fazer com aproximadamente 20.000 espécies de Macroalgas e 30.000 espécies de Microalgas Marinhas? Sabemos muito sobre o uso de celulares e computadores, e quase nada de nós e das vidas que nos rodeiam. Algumas espécies de algas foram pesquisadas, pouco foram utilizadas, com fins nutricionais.
Eis a questão: existem no Brasil, algas marinhas que são um concentrado de nutrientes.
Existem algas que além do sushi e de outros deliciosos pratos da cozinha oriental, servem também como matéria-prima para a obtenção de gelatinas (Ágar-agar, Alginatos e Carragena).
Gelatina, Colágeno, Fibra Elastina, Minerais, Oligoelementos, Vitaminas, Aminoácidos Essenciais… Tudo isto e muito mais, encontramos em uma imensurável fonte de energia e nutrição.
Existem algas marinhas que nutrem o corpo e o corpo se cura ao nutrir-se com elas, cumprindo-se o enunciado de Hipócrates (considerado o pai da medicina): “Que teu alimento seja o teu remédio”.
Espero que tenham percebido que a vida já resolveu todas as nossas necessidades para a nossa sobrevivência e saúde, restando-nos apenas aumentar o nosso nível de consciência para usufruirmos racionalmente das bênçãos da natureza, nesta nova era, preservando o que já existe.
Tudo está ao nosso alcance, e o alimento do futuro, a Alga Marinha, sempre esteve disponível em todo o Mundo, para toda a Humanidade.
Mário A Contreras Véjar
Engenheiro, Ficologista, Palestrante e Empresário