Uma das mais importantes provas náuticas do mundo, a regata tem a participação de um brasileiro: Torben Grael é o capitão do Ericsson 4, embarcação sueca que está à frente em número de pontos nesta corrida que foi iniciada dia 11 de outubro, na Espanha, e que terminará em junho, em São Petersburgo, na Rússia.

 

No total, serão nove meses de competição, 37 mil milhas náuticas (68.250 quilômetros) percorridas e 11 portos visitados. Considerada o “Everest dos mares”, pelas dificuldades do percurso e as condições extremas da prova, a VOR reúne experientes velejadores, equipes altamente profissionais e o uso da mais avançada, potente e eficiente tecnologia da vanguarda náutica.

 

A edição 2008/2009 da regata está sendo considerada a mais difícil da história, pois inclui a maior distância já percorrida. Nesta quinta perna, de Qingdao/China, ao Rio de Janeiro, os barcos terão navegado 12.300 milhas náuticas (cerca de 22 mil quilômetros), o percurso mais longo desde a primeira edição da prova, passando por grandes variações climáticas e por lugares míticos, como o temido Cabo Horn, no Chile, numa aventura de cerca de 40 dias em alto-mar.

 

A competição não confere prêmios em dinheiro, mas troféus e o próprio prestígio decorrente da dimensão do empreendimento. A Volvo Ocean Race distingue-se de qualquer outra prova do gênero por diversos fatores – entre eles a oportunidade de visibilidade da marca para as empresas patrocinadoras e o impulso econômico e turístico dado aos países e cidades-portos que sediam a competição.

 

A Volvo Ocean Race é uma das três competições esportivas mais vistas ao redor do mundo, seguida de perto pelas Olimpíadas e pela Fórmula 1. Criada em 1973, quando se chamava “Witbread Round the World Yacht Race”, tornou-se Volvo Ocean Race a partir da edição de 2001-2002, quando o Grupo Volvo e a Volvo Cars passaram a ser responsáveis por sua realização.

 

“A VOR é atualmente o mais importante investimento do Grupo Volvo em imagem institucional da marca”, afirma Solange Fusco, gerente de comunicação corporativa da Volvo do Brasil. “É um esporte ambientalmente correto, muito próximo dos valores da Volvo de Qualidade, Segurança e Respeito ao Meio Ambiente”, completa a gerente.

 

Vida ao extremo

 

Durante os nove meses da prova, homens e barcos Volvo Open 70 (VO70) são testados ao extremo. Os velejadores enfrentam ondas gigantescas que podem chegar a 10 metros de altura, além de ventos com força de furacão.  Mesmo com frio e calor extremos e todas as privações da vida a bordo, a participação na prova é desejada por todos os velejadores da elite da vela náutica mundial. É uma prova de extrema coragem, que tem o slogan “Vida ao Extremo”.

 

Todas as equipes da VOR 2008-2009 utilizam o mesmo tipo de embarcação – os barcos VO 70 2.0. A habilidade das equipes em aproveitar os ventos e suas estratégias nas rotas percorridas fazem a diferença na competição. Feitos de carbono, em algumas partes os barcos utilizam em sua concepção a mesma tecnologia empregada na construção de aeronaves, ônibus espaciais e carros de Fórmula 1. As embarcações têm 21,5 metros de comprimento.

 

Em média, os veleiros percorrem diariamente 900 quilômetros e podem atingir picos de velocidade de 80 quilômetros por hora. Embora equipados com motores Volvo Penta, apenas em caso de emergência eles podem ser acionados. Caso contrário as equipes estão sujeitas a severas penalizações. Antes da largada de cada etapa, vários itens são selados como: âncora, motor, bote salva-vidas, leme de emergência, entre outros.

 

Rio Stop Over

 

Além de sediar uma das etapas do evento, o Brasil está representado na VOR pela a participação do campeão olímpico brasileiro, Torben Grael, capitão do barco sueco Ericsson 4, com mais dois tripulantes brasileiros: Joca Signorini e Horácio Carabelli. Na última edição da regata, realizada em 2005 e 2006, Grael foi o comandante do veleiro Brasil 1, e conquistou o terceiro lugar naquela competição. Nesta regata, é atualmente o líder.

 

Durante a “Rio Stop Over”, a sexta parada da prova, a Marina da Glória sediará a VOR no País. O público terá à disposição uma série de atrações gratuitas no “Pavilhão Volvo”, como o “Ride”, um simulador que permite ao visitante experimentar a sensação de comandar um dos barcos nas condições mais adversas de marés, clima e velocidade; o “Dome”, um cinema HD 180 graus que mostra os bastidores de uma tripulação; a “The Pool”, uma piscina para corridas de miniaturas dos VO70 com controle remoto; e o “The Grinding Challenge”, um desafio para ver quem consegue içar uma vela com a habilidade dos grandes velejadores.

 

A maior atração, no entanto, serão os sete veleiros Volvo Open. Cada barco custa, no mínimo, US$ 3 milhões de construção, além dos equipamentos de navegação de altíssima tecnologia. As embarcações ficarão expostas para reparos e manutenção até o dia 11 de abril, quando partem para Boston, na Costa Leste dos EUA. De lá, seguem para Galway, Irlanda, depois Estocolmo, na Suécia e em junho chegam a São Petesburgo, na Rússia, local do fim da jornada de 9 meses no mar.

 

No dia 4 de abril os competidores se lançam na Baía de Guanabara para disputar a “Light In Port Race”, regata local que acontece em cada uma das paradas da VOR e conta pontos para a classificação geral. O percurso será entre o Rio e Niterói.

 

“É o maior desafio de vela do planeta. Uma competição repleta de arrojo, tecnologia, beleza e emoção”, destaca o iatista Alan Adler, sócio da Brasil 1 Esporte & Entretenimento, empresa responsável pelo Rio Stop Over 2009.