O champanhe é um vinho branco espumante, mundialmente conhecido e que para levar o nome champagne deve obrigatoriamente ser produzido na região de Champagne, nordeste da França, cuja capital é Epernay. Eles são produzidos essencialmente à base de uvas chardonnay, pinot noir e de pinot meunier, mas quatro outras cepas podem ser usadas em sua elaboração: arbane, petit meslier, pinot blanc e pinot gris. Os demais espumantes têm suas características particulares, como a Cava Espanhola e o Prossecco Italiano.
Um dos motivos que elevaram a fama deste fantástico vinho foi o fato de que em Reims, cidade importante de Champagne, foram coroados quase todos os reis da França, e na coroação era servido champanhe. Por este motivo, ficou conhecido como o vinho dos reis.
Foi próximo a Epernay, no povoado de Hautvillers, que os monges Dom Pérignon e Dom Ruinart se esforçaram muito para domar os vinhos que fermentavam novamente nas garrafas, fazendo-as explodir.
A Dom Pérignon deve-se a descoberta dos cinco principais elementos que em muito contribuíram para o champanhe tal como ele é hoje:
• A mistura de diferentes vinhos da região, obtendo um produto mais harmonioso.
• Separação e prensagem em separado das uvas pretas que predominam em Champagne, obtendo assim um cristalino sumo de uva.
• O uso de garrafas de vidro mais espesso para melhor permitirem a pressão da segunda fermentação em garrafa.
• O uso da rolha de cortiça, que permitiu substituir o sistema anterior: pauzinhos de cânhamo embebidos em azeite.
• A escavação de profundas adegas, hoje galerias com vários quilômetros de extensão, para permitir o repouso e envelhecimento do champanhe a uma temperatura constante.
O processo de fabricação é demorado e caro, sendo praticamente o mesmo de há séculos. A principal alteração no processo foi introduzida por Nicole Ponsardin, a viúva de Felippe Clicquot, que desenvolveu um método para retirar todo o fermento da garrafa. Antes disso o champanhe era turvo e com aroma residual de levedo.
Um champanhe comum leva pelo menos dois anos para ficar pronto e os especiais até cinco anos. Ficam estocados nos subterrâneos das cidades, nos crayères, que são túneis cavados no giz. A casa Moët et Chandon tem 28 quilômetros de túneis onde estão armazenadas milhões de garrafas esperando a conclusão do processo de fabricação.
Podemos ter seis classificações conforme o teor de açúcar adicionado para a segunda fermentação: Doux (Doce), Demi-Sec (Meio-seco), Sec (Seco), Extra-Sec (Extra-seco), Brut (Bruto) e Extra-Brut (Extra-bruto). Devido às sutis diferenças de paladar, os mais fabricados e vendidos são o Demi-Sec e o Brut.
Existe ainda mais uma classificação importante: a da qualidade do vinhedo de onde provém a uva. Cada região é chamada de cru. Quando temos condições muito boas de solo e micro clima o vinhedo é classificado Première Cru e quando esta condições são impecáveis, chamamos Grand Cru.
Hoje não há celebração de vulto em que o champanhe não esteja presente, tendo-se tornado sinônimo de festa ou comemoração. Prestigiado em todo o mundo, diz também a tradição náutica que toda embarcação deve ser batizada com um champanhe antes de ter suas obras o contato com as águas!
E para acompanhar o seu brinde, confira nossa receita de
Lagostim ao perfume de Champanhe!
Ingredientes:
Lagostins 400gr
Cenoura 100gr
Abobrinha 1 uni
Alho porro 80gr
Manteiga sem sal 60gr
Champanhe 100ml
Sal e pimenta do reino a gosto
2 folhas A3 de papel manteiga ou papel alumínio
Preparo:
Limpe o lagostim e utilize apenas a cauda, tempere com sal e pimenta, coloque metade da champanhe e deixe marinar na geladeira por 30 min. Pré aqueça o forno a 150ºC.
Corte os legumes juliene dispensando o miolo da abobrinha
No papel manteiga faça um berço com os legumes acomode os lagostins distribua pedacinhos de manteiga e por fim adicione o champanhe! Feche o papel manteiga como se fizesse uma trouxinha e leve ao forno por cerca de 15 min.
Aproveite!!!