Devido aos danos causados pelo excesso de exposição ao sol, em razão da radiação ultravioleta, ou mais especificamente ao envelhecimento precoce e ao câncer de pele, as pessoas tendem a procurar produtos de alto Fator de Proteção Solar (FPS), acreditando estarem mais protegidas. A prática, no entanto, é limitada. O FPS é um padrão universal que mede somente o grau de ação contra os raios UVB -, que agem superficialmente na pele, provocando vermelhidão, queimaduras envelhecimento e câncer de pele.


Segundo Silvana Coghi, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy Dermatology, é importante verificar se o produto usado também oferece proteção contra raios UVA, responsáveis pelo envelhecimento precoce e por doenças alérgicas provocadas pelo sol.


A especialista explica que para maior proteção contra os raios UVA, é importante que os produtos contenham a indicação do PPD (Persistent Pigment Darkening – Índice de Pigmentação Persistente), pois esclarece em relação à eficácia do produto. Para se certificar do uso de um filtro solar recomendável, basta dividir o FPS pelo PPD especificados no rótulo. Seu nível deve ser de 30% (1/3) do FPS. Se o produto tem FPS 20, logo seu PPD será de pelo menos sete. Os raios UVA parecem inofensivos, por não darem sinais de vermelhidão, mas atingem a derme (camada profunda da pele). Sua ação acelera o envelhecimento, destruindo as fibras de colágeno, o que causa perda da elasticidade e acentuamento das linhas de expressão e rugas finas. A pele foto envelhecida se torna mais espessa, áspera e com manchas.

 

Importante lembrar que os raios UVA têm a capacidade de atravessar os vidros dos carros, de janelas domésticas, e são constantes durante o dia todo, independentemente da estação do ano. Além disso, estão presentes nas câmaras de bronzeamento artificial em doses muito altas, às vezes mais elevadas do que na radiação solar.


Atualmente é fundamental destacar a presença de anti-oxidantes em fotoprotetores, principalmente a vitamina E (alfa-tocoferol), encontrada na camada superficial e protetora da pele.

 


Proteção diária

 

O uso diário, inclusive em dias nublados, de um fotoprotetor pode minimizar os danos causados pela radiação solar, tanto ao foto-envelhecimento quanto ao câncer de pele. O efeito da radiação ultravioleta é cumulativo, ou seja, as alterações na pele podem se manifestar ao longo dos anos. Recomenda-se então o uso de filtro solar regularmente, com aplicação 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicação no decorrer do dia.

Para se ter uma pele bonita e bem tratada é fundamental a fotoproteção diária com produtos que ofereçam ampla proteção contra as radiações, que não sejam oleosos, não possuam substâncias alérgicas, perfumes e corantes, além de manter hidratação adequada para cada tipo de pele