No mundo atual, de tecnologia avançada, onde imperam as máquinas, o capitalismo selvagem e a violência desenfreada, torna-se cada vez mais necessária a presença da natureza junto ao homem. A interação com o meio ambiente afasta o stress próprio da vida urbana e nos proporciona um relaxamento profundo, com o qual podemos recarregar nossas energias. 

 

E para se ter uma área verde, de modo que a natureza se torne presente em nossas vidas, não é preciso dispor de uma área grande. Basta um vaso, uma varanda, um quintal, e sempre dedicar muito amor e atenção às plantas. É tendo este contato íntimo com a natureza que se tem a chance de observar os diversos eventos que nela ocorrem, desde um ataque de pragas até o prazer indescritível do desabrochar de uma flor.

 

Por menor que seja o espaço disponível, a utilização do “verde” sempre consegue transformar o lugar. Este elemento tem o poder de gerar em seu entorno uma intensa harmonia, humanizando o mais inóspito dos ambientes.

 

Não importando a dimensão desta área verde a ser criada, a concepção de um jardim deve começar sempre pela contratação de um paisagista.

O paisagista é aquele profissional que irá avaliar e organizar os anseios do cliente e fará com que o jardim de seus sonhos se torne realidade.

 

A interpretação das expectativas e necessidades do cliente bem como as funções e atividades que estão previstas para aquele espaço, são os primeiros dados a serem levantados pelo profissional. Além destes, há uma série de fatores que devem ser analisados e registrados, tais como luminosidade, insolação, incidência de ventos predominantes, características químicas e físicas do solo, vegetação existente no local e entorno, entre outros.

 

Este planejamento visa a escolha da vegetação adequada para cada local minimizando os custos com manutenção e evitando o uso da técnica de “tentativa e erro”. A escolha de espécies cujas flores e frutos atraiam pássaros e insetos, além de colaborar com a preservação da fauna e equilíbrio do ambiente, nos proporciona o prazer do contato com esses ilustres visitantes, moradores da natureza. A vegetação nativa, pelo fato de já estar adaptada às condições de solo e clima, é sempre uma ótima opção.

 

As espécies que farão parte da composição paisagística deverão ser escolhidas e inseridas no projeto levando-se em consideração seu porte adulto, evitando com isso que, à medida que cresçam, prejudiquem o crescimento das demais e desarmonizem a composição.

 

Para que as plantas alcancem pleno desenvolvimento, é muito importante que na fase de implantação do jardim, seja feita a análise e correção do solo, e que as covas de plantio sejam devidamente dimensionadas de acordo com o tipo de vegetação. É no momento do plantio que se deve incorporar os insumos com a terra, na profundidade adequada, o que fica difícil fazer no caso de gramados e forrações já plantados.

 

Como o jardim é um “ser vivo”, para que esteja sempre exuberante e saudável, é preciso manutenção constante, seja quanto à adubação, irrigação, controle de pragas ou eventuais podas.

 

Mas certamente todo esse esforço e dedicação serão recompensados pelos perfumes, sabores, sons, movimentos, formas, cores e texturas, presentes em um jardim, aguçando cada um de nossos sentidos, em momentos de puro encanto.