Este texto pretende incentivar uma reflexão a respeito da atuação familiar na escolha do estilo de vida de nossas crianças.

Obesidade é considerada atualmente uma epidemia mundial, sendo uma das características populacionais que mais contribui para a morbidade e mortalidade precoce.

 A Organização Mundial da Saúde prevê que cerca de uma em cada 10 crianças serão consideradas obesas já em 2010.

O potencial genético, segundo estudos recentes, contribui em torno de 30% com a possibilidade de uma pessoa se tornar obesa. Os 70% restantes estão relacionados aos hábitos por ela adotados.

O estilo de vida que as pessoas adotam é produto de um processo de aprendizagem, e o grande responsável por este processo é o meio familiar.

Famílias que optam por um estilo de vida sedentário e com hábitos alimentares inadequados são as principais responsáveis pela obesidade infantil e colaboram diretamente com as conseqüências patológicas que surgem com a obesidade.

 

 

RISCOS ESPECÍFICOS DA GORDURA CORPORAL EXCESSIVA PARA A SAÚDE

·         Função cardíaca deteriorada em virtude do maior trabalho mecânico e da disfunção autônoma e ventricular esquerda;

·         Hipertensão, acidente vascular cerebral e trombose venosa profunda;

·         Maior resistência a insulina em crianças e adultos e diabetes tipo 2 (80% destas pessoas apresentam sobrepeso);

·         Doença renal;

·         Apnéia do sono, restrições respiratórias (particularmente quando em atividade), doença pulmonar por deterioração da função em razão do maior esforço para movimentação torácica;

·         Resistência a ação de anestésicos;

·         Osteoartrite, doença articular degenerativa e gota;

·         Câncer do endométrio, de mama, próstata e do cólon;

·         Níveis plasmáticos alterados de lipídios e lipoproteínas;

·         Irregularidades menstruais;

·         Doença vesicular;

·         Sobrecarga psicológica e discriminação social.

 

 

 

Até agora, a atitude de combinar programas de exercícios adequados com dietas equilibradas ainda é a forma mais coerente para preservar a saúde de nossas crianças e evitar que elas se tornem adultos obesos e passem este estilo de vida para gerações futuras.

Nossa proposta de reflexão

O quanto somos um bom modelo qualitativo para as crianças em relação a um estilo de vida saudável?