O verão é a época com maior intensidade de radiação solar. Por isso, é após o verão que as consultas ao Dermatologista aumentam, principalmente devido às manchas escuras da pele. Dentre essas, a mais incômoda é o melasma. As mulheres em idade fértil são suas maiores vítimas e sua incidência tem aumentado de forma impressionante.

 

Os melasmas são manchas acastanhadas, escurecidas que atingem principalmente as bochechas, testa, nariz e a pele acima do lábio superior (buço), podendo também acometer os braços e colo.

 

A causa exata do problema ainda é desconhecida, mas são conhecidos os fatores que pioram o quadro como: tendência genética, influência hormonal (estas manchas podem começar ou piorar com o uso de anticoncepcionais, tratamentos hormonais ou durante a gravidez) e exposição a radiações UV.

 

Existem vários tratamentos disponíveis no mercado, porém o dermatologista é o profissional mais indicado para avaliar qual deles é mais adequado para cada caso. O mais comum é o uso diário de fórmulas clareadoras associadas a filtro solares.

 

Peelings químicos também são valiosos, neles uma substância química é usada para remover uma camada da pele. Existem várias opções, como o de ácido retinóico, Jessner, ácido salicílico e outras combinações de ácidos. A pele deverá ser preparada previamente ao uso destas substâncias. O número de sessões indicadas e duração do tratamento variam para cada paciente, dependendo da profundidade das manchas, tipo de pele e hábitos de vida.

 

Antes de começar qualquer tratamento para o melasma, o paciente precisa compreender que quanto mais antiga e escura for a mancha, menores as possibilidades de se livrar totalmente delas. E que após o tratamento, mesmo que a pele fique totalmente clara poderá voltar a escurecer.

 

Existe também tratamento com uso de laser fracionado, que deverá ser indicado com muita cautela, pois dependendo do tipo de pele, poderá ocorrer piora das manchas.

 

Para prevenir o surgimento de melasmas o paciente deve evitar exposição ao sol, usar diariamente um bom protetor solar, usar proteção física como bonés, chapéus com abas largas e óculos de sol, evitar uso prolongado de hormônios, principalmente anticoncepcionais.

 

*Dra. Sirlene Avila da Rocha é Dermatologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia; American Academy of Dermatology; European Academy of Venerealogy and Dermatology.