O resultado da Avaliação de Densidade Larvária (ADL) em Ilhabela realizada pela equipe do PIACD (Plano de Intensificação de Ações de Controle da Dengue) apontou estado de risco devido à infestação do mosquito transmissor da Dengue, o Aedes aegypti. A última ADL mostrou que o índice geral do município referente ao mês de janeiro está acima de 6,8 pontos, classificação considerada como de risco pelo Ministério da Saúde.
O coordenador do PIACD, Maurício Pires Barbosa, informou que todas as ações de controle continuam sendo intensificadas, principalmente, nas regiões que apresentaram mais casos de dengue, para tentar conter o avanço da doença na cidade. A Secretaria de Saúde alerta a população no combate ao mosquito transmissor e ressalta que é necessário que a comunidade fique atenta, eliminando todos os materiais que possam acumular água e se tornarem criadouros do Aedes aegypti, tanto em casa, quanto no local de trabalho.
O que se vê na prática
Segundo o supervisor de controle de campo do PIACD, Mário Otávio de Carvalho, embora a mídia – rádios, jornais e televisão – esteja sempre orientando por meio de campanhas quanto à eliminação dos criadouros, muitos moradores ainda mantêm os “pratinhos” com água nos vasos de planta e não têm limpado seus próprios quintais a fim de retirar recipientes inservíveis. Muitas bromélias e caixas d’água destampadas também têm sido encontradas durante as inspeções feitas dia a dia pelos 14 funcionários da equipe que tem a missão de visitar cada um dos 14 mil imóveis do município.
O alerta fica por conta da chegada do sorotipo 4 da Dengue no Litoral Norte, que pode aumentar sua circulação. A orientação é eliminar todos os recipientes que possam acumular água, como garrafas, baldes ou latas vazias, não deixar água acumulada sobre a laje e manter calhas e ralos desentupidos. Também é necessário verificar a vedação da caixa d’água. Lixo em terrenos baldios, calçadas, ruas e cachoeiras também contribuem com a proliferação do mosquito.
O lixo deve ser colocado em sacos plásticos e a lixeira deve estar bem fechada. Para quem tem piscina em casa é necessário tratá-la com cloro ou se ela estiver vazia é preciso mantê-la sem poças de água. Quanto às bromélias, o ideal é eliminá-las totalmente.
De acordo com os dados da Vigilância Epidemiológica de Ilhabela, entre 1º de janeiro a 14 de fevereiro do ano passado, foram registrados 41 casos de suspeita de dengue, dos quais três foram confirmados e 38 descartados. Neste ano, no mesmo período, já foram registrados 53 casos de suspeita, dos quais cinco já foram confirmados, 12 foram descartados e 36 ainda aguardam o resultado.
Sintomas – Os sintomas da dengue são: febre alta com duração de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dor no corpo e nas juntas, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas pelo corpo. Em caso de suspeita de dengue, o munícipe deve procurar o posto de saúde mais próximo da sua casa. Toda a equipe da Secretaria de Saúde de Ilhabela foi devidamente treinada e capacitada quanto às condutas necessárias.
O uso de repelente também pode ser uma forma de evitar a picada do mosquito transmissor.