Aparelhos foram inventados ao longo da história da reabilitação e do treinamento como recursos importantes para melhorar o nível da capacidade de gerar força ou resistência.

Ao longo dos anos deixaram de ser recursos e se tornaram normas tanto para o treinamento quanto para a reabilitação. Atualmente uma academia só é considerada de bom nível se apresentar aparelhos em suas instalações.

Vejamos os prós para a utilização de aparelhos:

·          Os aparelhos podem ser regulados com precisão no que diz respeito ao volume e a intensidade das cargas a serem aplicadas;

·          Podem ser instaladas em espaço reduzido;

·           No caso de esteiras podemos regular a velocidade, a inclinação do piso e até acoplar controles de freqüência cardíaca, gasto calórico, tempo de duração do exercício, nível de esforço acumulado e elas podem ser utilizadas mesmo em dias com chuva, calor intenso ou frio.

Vejamos os contras:

Os aparelhos projetados para a “musculação” são construídos de tal forma que praticamente imobilizam a pessoa e só permitem movimentos em flexão, extensão e hiper-extensão. Mesmo em aparelhos que permitem certos giros as pessoas imobilizam áreas corporais para que possam girar em alguns graus o tronco, os braços ou as pernas. Nenhuma máquina é capaz de permitir movimentos combinados destas áreas de forma que possam atender a complexa demanda da dinâmica articular humana.

Vamos analisar os prós e os contras do treinamento em esteiras rolantes, as quais, aparentemente, permitem movimentação semelhante à caminhada e à corrida.  

·          Na esteira o piso é sempre plano;

·          O piso está em movimento;

·          As inclinações são limitadas – só podem ser ascendentes;

·          O ritmo do exercício é ditado pelo aparelho.

 

Qual é a solução ideal?

Alternar os treinos feitos em equipamentos, com caminhadas e corridas ao ar livre, onde é possível desenvolver a estabilidade articular e ganhar força, além de estimular a interação da visão com o labirinto através da mudança constante de cenário, que não ocorre enquanto se caminha na esteira. Outra vantagem das atividades externas é que elas requerem alteração do ritmo das passadas e desvios de direção e de obstáculos, que obrigam a variar as posturas e a alterar os níveis de tônus corporal, fator importante para treinar adequadamente a capacidade adaptativa anatômica e fisiológica. Por fim, permitem que as pessoas saiam dos ambientes de confinamento impostos pela rotina moderna para curtir momentos de liberdade e interação com a natureza.

Bons treinos!