Com o apoio da Prefeitura de São Sebastião, a primeira campanha de doação de medula óssea da região atraiu centenas de pessoas que, em um gesto de solidariedade, efetuaram sua inscrição no REDOME – Registro Nacional de Doadores de Medula, um cadastro unificado administrado pelo INCA – Instituto Nacional do Câncer, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil.

 

A campanha, que teve a coordenação do Dr. David Benedetti, foi uma iniciativa da Comunidade Maçônica de São Sebastião em parceria com o Hemocentro da Faculdade de Medicina de Marília, e além da ajuda das secretarias municipais de Saúde, Educação e Segurança, contou com a participação de um grande grupo de voluntários, que trabalhou na divulgação, organização e execução do cadastro de doadores.

 

O transplante de medula é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemia e outras doenças do sangue e a dificuldade de encontrar um doador compatível faz com que muitas pessoas permaneçam em uma longa fila de espera. Algumas delas morrem antes de conseguir o transplante e outras passam anos sofrendo com as conseqüências da doença.

 

A chance de encontrar um doador compatível na família é de apenas 25% e quando isso não acontece e é preciso recorrer à doação de voluntários, essa possibilidade é de uma em cem mil. Por isso, as campanhas para o cadastro no REDOME são essenciais e a adesão ao banco de doadores é um gesto simples que pode salvar vidas.

 

Para se cadastrar é preciso comparecer ao posto da campanha, responder um questionário e preencher um formulário com dados como nome, endereço e telefone. Em seguida são retirados 5ml de sangue do voluntário, material utilizado para a realização de um exame chamado HLA, que vai identificar a composição genética da medula. Esses dados ficam arquivados no REDOME e caso haja compatibilidade com algum receptor, o que pode levar anos para ocorrer, o doador voluntário é chamado e pode dizer se quer ou não fazer a doação.

 

O procedimento, que não oferece riscos ao doador, retira 15% da medula, que se recompõe em apenas quinze dias.

 

Em São Sebastião, a campanha aconteceu no dia 17 de abril, na Escola Chapéuzinho Vermelho, no bairro São Francisco, e conseguiu cadastrar 581 doadores voluntários. Três dias antes, uma palestra realizada no Teatro Municipal de São Sebastião esclareceu as dúvidas da população e explicou os detalhes do procedimento de transplante.

 

“Agradeço a todos os envolvidos na campanha, desde os apoiadores e voluntários que trabalharam para que ela acontecesse até cada um dos doadores cadastrados, que ajudaram a levar esperança aos milhares de pacientes que esperam na fila do transplante de medula. A iniciativa provou que podemos, juntos, mudar o nosso futuro e o de muita gente”, comemora o Dr. David Benedetti.

 

Mais informações sobre onde e como se cadastrar como doador voluntário podem ser encontradas no site: www.inca.gov.br ou solicitadas através do e-mail: redome@inca.gov.br