Nova vila da regata promete uma experiência única para velejadores,
turistas e moradores da cidade
Interatividade é a palavra da 44ª edição da Semana de Vela de Ilhabela, maior competição de vela oceânica da América Latina, que acontece entre os dias 7 e 15 de julho. Novos recursos tecnológicos, como a transmissão ao vivo da competição direto da Vila da Regata e também o Race Track, posicionamento dos barcos nas áreas de competição durante as provas, irão proporcionar uma nova experiência para o público e a comunidade local.
”A Semana de Vela de Ilhabela significa muito para o município, pois somos a capital nacional da modalidade. Estaremos preparados para receber os grandes velejadores do Brasil e do mundo nesse grande evento internacional”, destaca o prefeito Márcio Tenório.
O comodoro do Yacht Club de Ilhabela ressalta a força da regata no cenário esportivo brasileiro. ”Como comodoro e amante do mar, a Semana de Vela de Ilhabela me traz uma emoção muito grande. Todos os associados do YCI e os fãs da modalidade prestigiam a regata. Essa temporada de 2017 será especial, com a integração ainda maior entre a comunidade da ilha e o evento”.
O objetivo da organização é impactar os mais de 15 mil visitantes de Ilhabela durante o período, além dos mais de 1.000 velejadores e 4.000 mil convidados. Clínicas, palestras, shows e muita interação entre público e a vela farão parte da Race Village, aberta durante toda a competição.
“A vela é diferente de outros esportes, muitos não conseguem assistir porque a competição ocorre em alto mar, difícil de visualizar do continente, ou seja, é acessível para poucos. Além disso, após o final de cada dia de competição, alguns velejadores serão convidados para participar de uma coletiva na Vila da Regata, estimulando a troca de experiências com o público. Com essa interação tecnológica a Race Village será muito mais visitada do que era antes e podemos aproximar fãs, turistas, familiares e moradores da região como um todo”, afirna o secretário de Turismo de llhabela, Ricardo Fazzini.
O principal encontro da vela nacional terá início com a Regata Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil. A organização espera mais de 130 barcos para o evento, que é dividido em nove classes de barcos.
Vem aí o maior evento de vela oceânica da América Latina
44ª edição da competição conta com todo o know how do YCI na realização de regatas
A Semana de Vela de Ilhabela é um dos maiores eventos náuticos da América e reúne anualmente mais de 130 barcos de diferentes classes. O principal encontro da vela nacional será disputado de 7 a 15 de julho e mais uma vez o Yacht Club de Ilhabela será o organizador das regatas, oferecendo know how de quatro décadas em competições de alto nível. O clube faz parte direta desses 44 anos de história. Para 2017, o comitê organizador da Semana de Vela de Ilhabela conta com a parceria da prefeitura para ampliar ainda mais a força da regata.
”Depois de oito anos no prestigioso Circuito Internacional Rolex de Vela Oceânica, onde nossas qualificações técnicas e organizacionais foram afinadas e postas a prova, decidimos que era importantíssimo para o desenvolvimento do nosso esporte voltar a envolver a cidade no evento nesse novo patamar. Nos últimos quatro anos temos buscado a parceria com a prefeitura e apoiado ações conjuntas para o envolvimento do público. Este ano esta parceria foi coroada por um trabalho mais próximo entre as equipes do YCI, secretaria de esporte e de turismo e pelo empenho dessa última na organização da race village que permitirá a tão buscada participação do público”, disse disse Carlos Eduardo Souza e Silva, diretor de vela do YCI.
Mais de mil atletas circularão pelas dependências do clube nos sete dias de competição, tendo acesso a uma infraestrutura de qualidade, com uma marina moderna e totalmente segura. Todos os procedimentos, desde atracação dos barcos, montagem das raias até os acessos de atletas, staff e profissionais náuticos são feitos rigorosamente, visando proporcionar uma competição de excelência, além de bons momentos de lazer após as regatas.
A organização da regata ainda conta com profissionais especializados em vela oceânica com passagens pelos maiores eventos da modalidade, como Jogos Olímpicos, Volta ao Mundo e semanas de vela internacionais.
“A qualidade técnica e grande experiência da equipe de arbitragem e também do staff são vitais para manutenção da competitividade e dinamismo do evento. Isso é um dos principais fatores que fazem da Semana de Vela de Ilhabela um evento altamente atrativa e de referência internacional”, ressalta Cuca Sodré, diretor técnico da regata.
Semana de Vela de Ilhabela pode ter novamente companhia de baleias
Com expectativa de novo “show” de baleias jubarte, a regata de abertura da competição passará pelo recém-criado Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes
Os organizadores da Semana de Vela de Ilhabela 2017 estão confiantes em mais um show das baleias durante as regatas. Na edição passada, os mais de 130 barcos inscritos no evento tiveram contato com os animais, muitos deles maiores que as embarcações. A competição coincide com o período de migração dos animais da Antártica para Abrolhos, arquipélago ao sul da Bahia.
“Ainda não temos uma informação precisa sobre a passagem das baleias. A água não está tão fria, as condições ambientais são outras. Com certeza, elas passarão pelo nosso litoral a caminho de Abrolhos. Mas a rota tanto pode ser mais próxima da costa, como no ano passado, ou mais aberta e distante”, disse Júlio Cardoso, diretor de Meio Ambiente do Yacht Club de Ilhabela e que foi o responsável por fotografar as baleias dando show nas regatas.
“O mais importante é que está absolutamente consolidado o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes. Por isso, estamos tranquilos de que teremos uma regata maravilhosa este ano, e esperando que nossas amigas jubartes passem aqui por perto para que possamos registrá-las novamente.”
Após a última edição da Regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, dominada pelo show de saltos de um grupo de baleias jubarte, foi criado no arquipélago o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, área com maior controle e regulamentação das atividades locais.
A área de 196 hectares (aproximadamente dois km²) do Arquipélago de Alcatrazes já era uma unidade de conservação protegida pela Estação Ecológica (ESEC) Tupinambás e administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade, entidades vinculadas ao Ministério do Meio Ambiente. Com a criação do refúgio, fica proibida a pesca ou extração de recursos marinhos, e o tráfego de navios passa a ser mais controlado. Há o plano de abertura para visitação e expedições para avistagem da fauna marinha.
“Isso, para Alcatrazes, foi um marco histórico”, celebra Júlio Cardoso. “Agora o local tem, legalmente, uma área de preservação ampla. O refúgio ocupa toda a antiga área delta, de seis ou sete milhas antes até cerca de sete milhas depois do arquipélago, e dez milhas na direção norte-sul. Antes, havia muita pesca clandestina, e o lugar é um criadouro de peixes, importante para baleias, golfinhos. O refúgio ajudará a disseminar as espécies no resto da região norte do litoral paulista”.
Votação popular para “batizar” a baleia – Júlio Cardoso conseguiu um feito inédito até então: documentar a avistagem de uma baleia jubarte na passagem por Ilhabela, a caminho de Abrolhos. “Consegui fotografar a cauda do macho. A digital da jubarte é a parte inferior da cauda, cada uma com um desenho diferente. E, 33 dias depois, em 6 de agosto, o pessoal do Projeto Jubarte identificou esse macho em Abrolhos. Como eu fiz o registro aqui no litoral norte, eles me deram o direito de escolher um nome para o baleio. Estamos fazendo uma votação nas redes sociais, com cinco nomes”.
Entre as sugestões, estão Gorka, onomatopéia do barulho feito pela baleia ao saltar; Cidão, inspirado na ciência cidadã do registro de baleias; Almirante; e Ballerino, em homenagem ao barco pelo qual a baleia passou.
“O ano passado foi excepcional. Eu pessoalmente contei 35 baleias entre os meses de julho e agosto. A água estava mais fria, e havia cardumes de peixes e camarões mais próximos da costa, por isso elas se aproximaram”, explica Júlio. “No dia 3 de julho, na Regata Alcatrazes por Boreste, tivemos três baleias, um macho, uma fêmea e um filhote. Tive a oportunidade de fotografá-las, primeiro um pouco mais de longe. Então o macho passou por baixo do nosso barco e deu um salto fantástico!”
Mais informações:
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