Unidade de Conservação anuncia novos atrativos, como o mergulho noturno com pernoite embarcado e os passeios de birdwatching

 

O Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, oferece, desde o dia 10 de dezembro, novas atividades de visitação para mergulhadores: o mergulho noturno e o pernoite embarcado (liveaboard). A ampliação é fruto do resultado do monitoramento realizado ao longo de 2019 que não constatou impactos ambientais nas atuais atividades de mergulho de flutuação, livre e autônomo e passeios embarcados.

 

Além das novas atividades, foram credenciadas quatro novas embarcações para operar em Alcatrazes que desenvolverão atividades de observação de aves e passeios náuticos. O ecoturismo em Alcatrazes movimentou em 2019 cerca de R$ 4 milhões na economia regional, gerando emprego e renda para a população. Além disso, vem implementando a visitação pública alinhada com os melhores padrões internacionais de segurança e cuidado com o ambiente marinho.

 

A unidade, criada 2 de agosto de 2016, exibe rochas e paredões graníticos com até 316 metros de altura, emergem do mar e encantam por sua beleza que é ressaltada pela revoada sincronizada das 10 mil aves marinhas que ali vivem e se reproduzem. Nas águas de Alcatrazes está a maior quantidade de peixes do Sudeste do Brasil, das mais variadas formas e cores, que lá encontram o ambiente ideal para reprodução e crescimento. Algas, esponjas, corais, tartarugas marinhas, raias, tubarões, baleias e golfinhos, completam o cenário.

 

Para os adeptos do birdwatching, o paraíso ecológico oferece a oportunidade única de observar, embarcado, uma impressionante quantidade de fragatas, gaivotas, atobás, entre outras aves marinhas, pois no arquipélago foram registradas 100 espécies de aves, entre visitantes e residentes, além de um dos maiores ninhais de aves marinhas do país.

 

Visitação pública e preservação da natureza – O Refúgio de Alcatrazes completou três anos em agosto e tem um contexto particular, no qual o processo foi instruído e conduzido a partir de uma demanda dos atores locais e regionais por acesso ao arquipélago, que era interditado para navegação e, consequentemente, fechado à visitação pública. Durante o processo de criação da unidade, que inicialmente foi proposta na categoria Parque Nacional e durou cerca de 30 anos, a demanda de visitação pública foi um contraponto ao uso da região para treinamentos militares que restringiam as visitas da população ao local.

 

A unidade foi criada por meio de Decreto Federal em 2 de agosto de 2016 para preservação da natureza e permite a visitação pública para atividades de visita embarcada, mergulho de flutuação, livre e autônomo.

 

A visitação pública ao Refúgio de Alcatrazes pode ser realizada somente com empresas e condutores autorizados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Mais informações no link: http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/mais-info/10213-alcatrazes