Curtir a praia Esta é, sem dúvida, a primeira opção de quem desembarca por aqui. Com opções para todos os gostos, Ilhabela tem dezenas de praias, desde refúgios isolados onde vivem comunidades tradicionais até faixas de areia que são sinônimo de agito e badalação. Uma das preferidas pelos turistas, a Praia do Curral tem uma larga e extensa faixa de areia, águas calmas e transparentes, grandes pedras em suas extremidades e estrutura turística com vários bares e restaurantes que oferecem estacionamento (condicionado a consumação mínima), duchas e banheiros, serviço de praia com mesas, cadeiras, espreguiçadeiras e guarda-sóis, bebidas, petiscos e refeições a base de peixes e frutos do mar, som ambiente e outras facilidades. Alguns deles oferecem vantagens extras, como o clube de praia do luxuoso DPNY Beach Hotel, que tem o serviço de Day Club, que inclui SPA com sauna finlandesa, piscina aquecida, jacuzzi e massagem, piscina externa com vista para o mar, serviço de praia com espreguiçadeiras, toalhas, mesas e cadeiras, camas, ocas e lounges, DJs residentes com música de qualidade, internet Wi-Fi, equipamentos de mergulho e caiaque, estrutura náutica com passeios de barco e segurança. No Papagaio, um dos restaurantes mais tradicionais da praia, além de cardápio completo e variado com porções e pratos preparados com peixes e frutos do mar selecionados, os clientes de embarcações contam com serviço de bordo, disponível através do canal 68. O Canoa de Voga, que fica no canto esquerdo da praia, tem quiosque com mesas na parte interna e lounges para quem quer almoçar ou curtir a praia protegido do sol, estacionamento com manobrista, cardápio infantil e fraldário. Passear de escuna Uma boa opção para quem quer conhecer as belezas que estão além da orla, o passeio de escuna para as praias do Jabaquara e da Fome é oferecido pela maioria das agências de turismo locais e durante o verão tem saídas diárias, partindo geralmente do Píer do Perequê e seguindo em direção ao norte da Ilha, passando por diversas praias e por um belo trecho de área costeira. A primeira parada é na pequena e isolada Praia da Fome, que fica depois do Jabaquara e abriga casinhas de pescadores e barcos coloridos. Só é possível chegar pelo mar e o visual incrível, com águas verdes muito cristalinas, pedras de diversos tamanhos e areia branca e fina é um dos pontos altos do passeio. Em seguida, os visitantes desembarcam na Praia do Jabaquara, a última acessível por terra ao norte da Ilha, que graças à distância e à relativa dificuldade de acesso (após o fim do calçamento, são oito quilômetros em estrada de terra), é uma das mais bonitas e preservadas da região. Há estrutura turística e serviço de praia com estacionamento, mesas, cadeiras e guarda-sóis, ducha, deck, bebidas, petiscos e refeições. Conhecer Castelhanos de jipe O passeio de jipe até Castelhanos se tornou um dos roteiros mais procurados por turistas que visitam a cidade e é oferecido pela Associação de Jipeiros de Ilhabela e por todas as agências de turismo locais. A Praia de Castelhanos é a maior de Ilhabela. Com quase dois quilômetros de extensão, é formada por uma faixa de areia larga e águas agitadas e muitos claras. Para chegar, é preciso cortar a Ilha de oeste a leste, através de uma estrada de terra de 22 quilômetros. A aventura começa pela manhã, quando o grupo embarca no jipe e parte rumo à guarita que anuncia a entrada do Parque Estadual. Neste ponto, já é possível sentir o frescor e observar a enorme diversidade de espécies da Mata Atlântica. A partir daí, a subida até o topo da estrada é composta por diversos trechos íngremes e ao longo do caminho dá pra ver e ouvir muitas espécies de pássaros, além de lagartos, esquilos e outras espécies da fauna e da flora nativa. A primeira parada é no ponto chamado de mirante, de onde se tem uma bela vista para o mar e para a Baía de Castelhanos. Depois de tirar fotos e apreciar a paisagem, o jipe segue estrada abaixo, atravessa um rio e, finalmente, chega à praia. Há estrutura turística, com restaurantes que servem comida caseira e serviço de praia, com mesas, cadeiras e guarda-sóis. O mar oferece boas condições para a prática de surf e mergulho livre e para quem gosta de caminhar, há uma trilha bem estruturada que leva à Cachoeira do Gato, maior queda d’água da Ilha, com mais de 70 metros de altura. Ir para o Bonete de barco Voltada para o mar o aberto, a Praia do Bonete fica no extremo sul de Ilhabela e guarda uma das paisagens mais bonitas da região. Só é possível chegar de barco ou a pé, por uma trilha de 13 quilômetros que atravessa a Mata Atlântica. Não há energia elétrica e a praia abriga a maior comunidade tradicional da região, onde vivem dezenas de famílias caiçaras que se dedicam à pesca e à atividades voltadas ao turismo. Como a trilha é longa, não é aconselhável ir e voltar no mesmo dia, portanto, quem vai caminhando precisa passar pelo menos uma noite em uma das pousadas ou campings locais. Para conhecer a praia num passeio de um dia, o ideal é ir de barco, aproveitar o dia e voltar no final da tarde. O Bonete Experience, roteiro exclusivo criado por uma família que viveu por muitos anos no Bonete, tem saídas diárias durante o verão, operadas pelo Azul Marinho, um barco rápido, seguro e confortável, com capacidade para 28 passageiros, que faz o percurso entre a Praia do Perequê e o Bonete em cerca de 40 minutos. Durante o passeio, que passa por todas as praias do sul da Ilha e segue em direção ao mar aberto, a tripulação conta histórias e dá informações sobre aspectos geográficos, históricos e culturais da região. Ao chegar à praia, os visitantes são incentivados a conhecer a comunidade, experimentar a culinária local e descobrir um pouco da rica e ainda preservada cultura caiçara. Também é possível contratar com os guias locais passeios para cachoeiras, trilhas e mirantes, aulas de surf e até roteiros de observação de aves. Informações e reservas: www.bonetexperience.com | Tel. (12) 99706-4646 | (12) 3896-6363 Fazer uma trilha Além das dezenas de praias que encantam milhares de turistas e veranistas todos os anos, Ilhabela tem atrativos que, apesar de ainda pouco conhecidos, fazem do arquipélago um dos destinos mais completos para a prática do ecoturismo. São centenas de quilômetros de trilhas, cachoeiras, piscinas naturais, vales e montanhas cercados pela riqueza e diversidade da exuberante Mata Atlântica. Uma das trilhas que foi estruturada para o ecoturismo e é uma espécie de vitrine da atividade, a Água Branca fica próxima ao início da estrada que dá acesso à Baía de Castelhanos e conta com um posto de informações, mapa, banheiros e água potável em um quiosque instalado na entrada da trilha. Com 2,5 quilômetros de extensão e cinco quedas d’água, é um verdadeiro parque natural, com duchas e piscinas cercadas por árvores e plantas nativas. O primeiro poço está a apenas 100 metros da entrada e todo o caminho é sinalizado. Há placas que promovem a educação ambiental e dão informações sobre espécies nativas, além de escadas e corrimãos nas áreas desniveladas e bancos para descanso e contemplação. Também foi construída uma torre de observação de pássaros e toda a madeira utilizada na trilha (eucalipto tratado) é de origem certificada. Tomar um banho de cachoeira Quem pensa que um mergulho no mar é a única maneira de se refrescar por aqui, está enganado. Ilhabela tem dezenas de cachoeiras escondidas entre suas matas, algumas delas com trilhas estruturadas para o ecoturismo, através das quais, após poucos minutos de caminhada, é possível curtir um energizante banho cercado pelo frescor da natureza. Uma delas é a Cachoeira dos Três Tombos, ideal para quem quer curtir um bom banho de cachoeira sem ter que enfrentar longas caminhadas, pois é possível estacionar o carro a poucos metros do acesso à trilha e em menos de cinco minutos alcançar a primeira queda. A visita é auto-guiada e o caminho bem estruturado, com degraus, corrimãos, pontes de madeira, bancos para descanso e placas indicativas. A trilha inteira tem apenas 255 metros de extensão e é percorrida em 15 minutos. Na primeira parada, uma queda d’água com mais de 5 metros de altura cai sobre uma piscina natural formada por areia e pedras, ideal para banho. Alguns metros acima está a segunda queda, onde o acesso à água é mais difícil pois não há poço para banho e as pedras são escorregadias. A terceira e última queda despenca de um paredão rochoso de mais de 20 metros de altura cercado pelo verde da mata, formando uma bela paisagem. Também não há poço para banho, mas dá para chegar às duchas formadas pela queda através das grandes pedras que cercam a cachoeira. O acesso à trilha dos Três Tombos fica dentro de um condomínio, mas como ela faz parte do Parque Estadual a entrada de visitantes deve ser permitida. O acesso para o condomínio fica na avenida que leva ao sul da ilha, um pouco antes da entrada da Praia da Feiticeira e há uma placa indicando: “Cachoeira dos Três Tombos”. Depois de passar pela portaria do condomínio, permaneça sempre à direita até chegar ao início da trilha.